A fuga de cérebros é um processo caracterizado pela saída de profissionais extremamente qualificados de determinados municípios em busca de melhores condições de empregos, renda e qualidade de vida em outros municípios.
Trata-se de um fenômeno que ocorre em todos os locais. Um município que perde esses detentores de extrema qualificação, amarga a perda de competitividade devido o enfraquecimento do potencial de tração dos seus agentes econômicos.
As causas da debandada dos cérebros de extrema qualificação estão atreladas às condições insatisfatórias no mercado de trabalho e da qualidade de vida. Essa fuga é direcionada para locais desenvolvidos e que possuem empresas tecnológicas operando com tecnologias contemporâneas e inovadoras, que proporcionam um mercado de trabalho mais valorizado, mais amplo e mais consolidado.
Cabe então à elite governamental municipal debruçar nesse assunto para mitigar o processo de ejeção dos atuais cérebros extremamente desenvolvidos do município para outros locais, pois com isso ampliará a vantagem competitiva da sua economia.
Um município inteligente não pode se tornar um ejetor de cérebros, pois o combate a fuga de cérebros demanda também de medidas governamentais que possibilitem a valorização do mercado de trabalho local, como forma de garantir emprego e renda para profissionais bem qualificados.
Mas como mitigar a fuga de cérebros? Algumas das principais causas que podem estar por trás da fuga de cérebros de um município podem estar atreladas:
1 – ao Poder Público não operar alinhado com a necessidade/desejo da sua população, fazendo com que esta busque em outros locais melhores condições de convivência e satisfação das suas necessidades;
2 – a não existência de ofertas de trabalho e emprego de extrema qualificação profissional;
3 – ao excesso de regramentos instituídos pelas políticas públicas municipais, que afugentam investidores e acaba acelerando o processo da fuga de cérebros extremante qualificados.
Daí os municípios mais atentos as essas causas passam a ser os preferidos para se tornarem receptores dos profissionais extremamente qualificados.
Por isso, as instâncias governamentais – Legislativo e Executivo – de qualquer município deve fazer um rigoroso exame nas suas políticas públicas, para que seus municípios não venham se tornar um cenário de práticas econômicas frágeis e desnecessárias de capital humano altamente qualificado. Procedendo assim, os atuais detentores dos cargos nos Poderes Legislativos e Executivo, não poderão ser lembrados, no futuro, como quem alimentou a fuga de cérebros do município. Agora, ao deixar esse assunto debaixo do tapete, tornar-se-ão patrocinadores do futuro cenário de estagnação econômica e desvalorização da produção local.
Isto posto, um município inteligente é receptivo a chegada de profissionais extremante qualificados que contribuem para o crescimento econômico e social, além de possibilitar o fomento de novas tecnologias e de novos rumos de desenvolvimento estratégico do município.
Portanto, para prevenir a fuga de cérebros de um município é necessário que o poder público – Legislativo e Executivo:
1 – agilize a liberação do funcionamento dos investimentos, para contribuir com a ampliação do nível de empregos;
2 – torne a aplicação das políticas públicas mais ágeis para a instalação de investimentos de altos valores tecnológicos;
3 – amplie o incentivo ao mix de investimentos na economia local;
4 – apoie à produção de ciência e tecnologia no município.
Assim, se nada for feito para reter o seu precioso capital humano, no longo prazo, poderá ocorrer a estagnação econômica do município, logo, as elites governamentais dos municípios não podem postergar à formulação de políticas públicas que venham mitigar a fuga de cérebros extremamente qualificados.