Leondenis Vendramim

Amor, a base do caráter

Amor é um sentimento universal, falado e cantado pelos poetas, filósofos, músicos e pelo povo, desde o mais simples. É a disposição afetiva que todos os humanos, desde a sua geração até o findar o seu alento, procuram e do qual necessitam para o seu relacionamento.

O mundo está carente de amor. A juventude se delicia, como vivenciando o amor, ao ouvir canções declarando amor, como “Ainda sou um amante à moda antiga”, de Emílio Orciollo Netto, cantada por Roberto Carlos.

Quando Deus criou o homem, colocou nele o amor. Tudo o que Ele criou tem amor, é só observar as flores, os pássaros, o bebê, pois, Deus é amor (1João 4:8). Quando a mulher recém-criada foi apresentada a Adão, ele lhe disse:

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“Esta é agora osso dos meus ossos, carne de minha carne” (Gen. 2:23), ou seja, somos uma só carne. E Deus confirmou esse amor ao dizer que o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne. (Gên. 2:24) Assim que Adão viu a mulher, amou-a como a si mesmo.

Não era sentimento fútil, nem fugaz, mas uma afeição duradoura, a ponto de dar sua vida por ela. Bastou entrar o pecado no mundo para que o casal procurasse desculpas ou alguém para pagar por eles.

Ao questionar, por que temiam a Deus que os amava, “comeram o fruto proibido?” respondeu Adão: “A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi.” (Gên. 3:12) A culpa é dela. A pessoa errada sempre procura uma “válvula de escape”; é difícil assumir a culpa. Paulo sabia disto, por isso aconselhou o marido a amar sua esposa, como Cristo amou a sua Igreja – deu a sua vida por ela. (Efé. 5:25)

O voto matrimonial pós-moderno é “até que queiramos nos separar”, na proporção que aumenta a pecaminosidade o pecador se distancia do Senhor que o ama. Paulo escreveu: “os homens maus irão de mal a pior”. (2ª a Tim. 3:13) É-nos uma advertência, pois, Jesus disse que assim como nos dias de Noé, de Ló, de Sodoma e Gomorra, em que “os homens comiam, bebiam, casavam e davam em casamento” (descompromissado, hoje, nem se casam). (Mat. 24:38) será nos dias finais do mundo.

“Não há temor de Deus.” (Rom. 3:18) Como fosse correto: “fazer males para que venham bens”. (Rom. 3:8) Não se enganem, “de Deus não se escarnece”, (Gal. 6:7) haverá um o dia no qual prestaremos contas ao Rei dos reis.

Não se deve confundir amor e paixão. O amor faz tudo pelo bem da pessoa amada, a paixão faz tudo para que a pessoa o satisfaça. Amor é duradouro, paciente, perdoa, não se exaspera, é benigno, não se ensoberbece, não tem ciúmes, não é inconveniente. (1Cor. 13:4-8) A paixão é exigente, impaciente, se irrita, tem ciúmes, é possessiva, extingue-se facilmente, deseja o seu próprio bem.

Amor é o fruto do Espírito Santo (Gal. 5:22), a fim de nos tornar melhor esposo (a), filho (a), melhor cristão (ã), e ser humano exemplar. O amor não nos torna somente bom esposo, ou namorado, mas alguém que ama a todos. Se alguém não ama e não é benévolo com seus pais e irmãos, não ama a ninguém. O amor enriquece aquele que ama, confere-lhe humildade, honra, bondade, mansidão, autodomínio e o torna capaz de promover a sociedade.
Amor é um sentimento que dá de si para ver o outro feliz, e embora deseje a reciprocidade, continua fazendo tudo para que a vida bem venturosa da pessoa amada não seja interrompida.

O filósofo, poeta e escritor alemão Erich Fromm escreveu: “o amor é a única resposta para a nossa existência, é o sentimento que nos confere sentido”. “Dá-se no amor o paradoxo de que dois seres se tornam um e continuam sendo duas pessoas independentes”.

Ellen G. White compara o amor a uma planta. A planta necessita do calor solar, da chuva, que se tire as ervas daninhas, que a terra seja afofada e estercada. Assim o amor também carece de cuidados. Precisa do ar, do calor vindos do Sol da Justiça (Jesus Cristo) para aquecer o amor e fortalecê-lo; carece da chuva do Espírito Santo para crescer; é indispensável que as pessoas que se amam arranque todas as más influências e ainda afofar o amor expressando-o por palavras brandas, de forma mansa e declarações de afeto, e enriquecê-lo com atos de gentileza como ajustar a cadeira para a amada, elogiar as vestes ou algo que possa exaltar, agradecer quando se oportunize, desculpar-se, não importa se para com o cônjuge, filhos, amigos, no trabalho ou no lazer, seja sempre agradável.

O amor precisa ser expresso ou definha, seca e morre. Não se envergonhe porque isso é maravilhoso, fortalece o vínculo, ornamenta o ambiente tornando a atmosfera agradabilíssima. Quem ama não espera reciprocidade, produz mais felicidade do que recebe, faz parte do seu caráter ser amável, não importa o sentimento da outra pessoa.

O amor é genuíno, só deseja o bem da amada. Faz parte do seu eu: atenção, respeito, prestatividade, cortesia e comprometimento. É uma demonstração espontânea e inconsciente, mas não é cego, ama mesmo reconhecendo os defeitos da querida. Esse amor é divino, não é fácil exercê-lo e por vezes é doloroso. É característica daqueles que foram educados num lar onde se praticava amor, bondade e gentileza.

Ame os seus familiares, antecipe a felicidade e sinta a presença de Deus no seu lar.

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