A Secretaria de Estado da Habitação, por meio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e da Prefeitura de Rafard, entregam nesta terça-feira, 20, as 76 primeiras moradias do Conjunto Habitacional Lurdes Abel Ribeiro Guimarães.
O Governo do Estado investiu R$ 19,2 milhões no empreendimento, que conta com 146 moradias no total. Segundo a CDHU, as 70 restantes devem ser entregues até o final do ano. A data diverge da informação passada aos moradores e à imprensa, de que todas as unidades seriam entregues até 30 de setembro.
O secretário estadual da Habitação, Flavio Amary, participa do evento, agendado para as 18h, na rua Eugênio Pezotto, s/nº – bairro Popular.
Homenageada
Lurdes Abel Ribeiro Guimarães, popularmente conhecida como dona Lurdes, morreu aos 95 anos, no dia 22 de agosto de 2011, vítima de infarto.
Nascida em Rafard, no dia 04 de novembro de 1915. Era casado com Geraldo Ribeiro Guimarães e teve três filhos: Benedito, Teresa e Celina. Também, quatro netos – Márcio, Nazaret, Kelly e Marcos -, além de oito bisnetos – Vitor, Lívia, Heloisa, Lara, Higor, Ana Beatriz, Luisa e Jonas.
Segundo conta a neta Kelly, dona Lurdes ficou viúva muito nova e para manter a casa, sempre trabalhou como passadeira na casa dos franceses na Usina União São Paulo.
Lurdes viveu sua vida inteira sempre ajudando ao próximo, independente de quem fosse. Como católica, sempre trabalhou nas festas da igreja e por muitos anos trabalhou como doméstica na casa paroquial, servindo o saudoso Padre João.
Foi uma das fundadoras do Coral Santa Cecília, que existe até hoje e está completando quase um século no município de Rafard.
Até o final da sua vida, dona Lurdes teve presença marcante nas procissões da Sexta-Feira Santa, interpretando o ‘Canto da Verônica’, ato pelo qual é lembrada até hoje, com muito amor.
Por mais de 20 anos, visitou o Lar dos Velhinhos São Vicente de Paulo de Capivari, levando sua palavra amiga e muitas orações.
Como ministra da Eucaristia, toda semana, dona Lurdes levava comunhão à dezenas de doentes que não tinham como ir à igreja.
“Sempre levando muita paz e a palavra de Jesus”, conta a neta.
E nos momentos difíceis das pessoas que perdiam seus entes queridos, ela estava presente, sempre com a oração e palavras de conforto.
“Dona Lurdes era uma pessoa incansável. Nunca dizia ‘não’ a tudo que pedíamos para ela”, completa Kelly.
A neta conta que sua fé, força e perseverança encorajavam todos a seguir em frente. Segundo Kelly, a doação e o amor ao próximo eram o lema de vida de dona Lurdes.
“Enfim, uma pessoa santa que viveu entre nós”, finaliza.