22/04/2016
A culpa é da diretoria
ARTIGO | Os resultados do São Paulo dentro de campo nada mais são do que a exata tradução do que acontece fora das quatro linhas. Execrar o técnico Bauza, o goleiro Dênis, Michel Bastos ou qualquer outro jogador é simplificar demais as coisas.
O momento político tricolor é um dos piores da história. Desde que Juvenal Juvêncio teve seu controverso terceiro mandato as coisas ruíram. De clube de vanguarda, “soberano”, passou a ser pior que os seus rivais. A traumática saída de Carlos Miguel Aidar evidenciou o limbo que toma conta dos corredores do Morumbi. E agora com Leco, tão companheiro de Juvenal tempos atrás, não há qualquer indício de que as coisas irão melhorar.
Que fique claro que Juvenal não fez só coisas ruins ao São Paulo, não. Pelo contrário. Antes do terceiro mandato, foi ele, junto com a gestão de Marcelo Portugal Gouvêa, lá atrás, em 2002, que devolveu a grandeza ao clube. Porém, a ânsia pelo poder fez com que de 2008 para cá, o Tricolor tivesse apenas o título da Copa Sulamericana. Muito pouco.
O São Paulo pode até passar de fase na Copa Libertadores. Não é uma missão impossível empatar com o The Strongest, mesmo na altitude boliviana. Mas você, são-paulino, confia nessa equipe? Consegue ver a palavra “campeão” estampada na testa desse elenco? Eu não consigo. Não culpe Bauza. Culpe quem o contratou e está exigindo resultados sem nem dar tempo e nem condições para ele trabalhar. Hoje, o rico São Paulo é pior do que o pobre Audax.
