Artigo | Por José de Paiva Netto*
O mundo todo fala em sustentabilidade, mas firmada em quê? Num pensamento econômico que sobrevive pela avidez, não matando apenas as criaturas humanas por força da fome, do desemprego em várias regiões do planeta, no entanto, igualmente pela falta de instrução que não mostra perspectiva à juventude. E não basta instruir, é preciso educar, reeducar! Senão ela vai viver de quê? Em diversos lugares, onde a economia tornou-se mais forte, após certo tempo, por falta de alguma coisa, a violência que diminuíra ressurgiu, advinda tantas vezes da arrogância contra os que têm menos em suas fronteiras ou fora delas. Aí se atinge o relacionamento internacional. Por quê? Porque faltou o ensino, muito mais, a Reeducação, que é a Educação com Espiritualidade Ecumênica.
Os seres humanos e as nações ainda pensam que o seu futuro depende unicamente das coisas que podem apalpar, segurar, quando tudo isso é um grande engodo. Aquilo que parece ser o concreto não o é. Porquanto, o real é o Espírito, que antes de tudo somos, aguardando por ser esclarecido, iluminado pela Verdade e pelo Amor. Uma fórmula, cujo resultado constitui a elevada Justiça, aquela que alcançará a eficiência de ser, de acordo com o que dizia Confúcio, “o castigo para acabar com o castigo”. Ou seja, corrigir a criatura, livrando-a de seus enganos e conduzindo-a por caminhos acertados. A Reeducação, portanto, nos faz entender que tudo tem ínicio onde muitos pensam que nada existe, pois o governo da Terra começa no Céu.
Essa minha palavra vem de alguns temas que desenvolvi com os jovens em 24/11/2009. Quando foi ao ar pela Super Rede Boa Vontade de Rádio (em Porto Alegre, 1.300 kHz), chamou a atenção do professor doutor Marco Antonio Azkoul, ouvinte da nossa programação. Segundo ele, “é realmente providencial para a prevalência do principal sobre o acessório, isto é, do Espírito sobre a matéria”.
Formando cérebro e coração
Compartilho com vocês uma boa notícia que nos trouxe o “Jornal mural de circulação interna do Conjunto Educacional Boa Vontade”, na capital paulista.
“Este informativo abre sua edição inaugural de 2014 com as cerimônias de formatura da Educação Infantil ao Ensino Médio do Conjunto Educacional Boa Vontade, ocorridas no último mês de dezembro. Foram momentos marcados pelo entusiasmo dos educandos que galgaram mais um degrau na trajetória escolar, pela emoção das famílias com o feito dos estudantes e pela satisfação dos educadores pela certeza do dever cumprido. Destaque para os formandos do Ensino Médio, dos quais muitos iniciaram os estudos na Supercreche Jesus, aos 4 meses de idade.”
E a nota nos traz ainda um número bem expressivo: “Vale observar que mais de 85% desses alunos, pelos bons resultados obtidos no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e em outros vestibulares, garantiram vaga no Ensino Superior. Outros optaram pela formação técnica, buscando assim o seu espaço no mercado de trabalho”.
“Proteja Brasil”
A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República promoveu, no dia 24/1, ao lado do Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre/RS, o Ato de Assinatura do Termo Adesão à Agenda de Convergência “Proteja Brasil”, para a proteção integral dos direitos da criança e do adolescente nos megaeventos, a exemplo da Copa do Mundo este ano.
O legionário Alziro Paolotti de Paiva, da LBV, na hora de composição da mesa de abertura da solenidade, convidado pela ministra Maria do Rosário Nunes a falar em nome do Terceiro Setor, apresentou a todos o meu recente artigo “Segurança infantojuvenil”, em que trato justamente da boa guarda que devemos oferecer aos pequeninos.
Na ocasião, a professora Maria do Rosário comentou: “O trabalho da Legião da Boa Vontade é reconhecido como trabalho de unidade, que visa ao bem e que não segmenta, não separa as pessoas. Vocês [da LBV] procuram unir a todos em torno de objetivos comuns. Gosto muito dessa palavra unidade, que é a proposta da LBV. Observamos no país uma atenção especial de vocês com as crianças, com os jovens, um compromisso com a própria vida, com a Humanidade! A Legião da Boa Vontade foi convidada porque ela transmite esta certeza de uma Instituição ética, que produz como prioridade o cuidado com as crianças, e nós, como governo brasileiro, reconhecemos este trabalho”.
Grato à ministra pela fraternidade de suas palavras: “Do ponto de vista filosófico, cada um de nós, entrando em contato com a obra de Paiva Netto, de Alziro Zarur (1914-1979), tem a capacidade de poder propor também e realizar um mundo melhor nas suas ações. Como dizia Mahatma Gandhi (1869-1948), ‘fazer a mudança para o mundo a partir de si próprio’. Obrigada!”.
*José de Paiva Netto é jornalista, radialista e escritor.