J.R. Guedes de Oliveira

18 de abril – Dia Nacional do Livro Infantil

A data é em homenagem ao dia de nascimento de Monteiro Lobato, ocorrido em 18 de abril de 1882, na cidade de Taubaté-SP. Foi advogado, promotor, escritor, editor, ativista e tradutor brasileiro. Autor de inúmeros livros infantis, é, inegavelmente, uma das maiores figuras literárias do país, fazendo jus, portanto, a presente efeméride.
Mas tenho um livro, conseguido com muito garimpo, com o título de “As mais belas Poesias Infantis”, de Theobaldo Miranda Santos, editado em 1955, pela Companhia Editora Nacional, São Paulo, Capital. Nesta obra, o eminente catedrático, escritor e professor campista (de Campos do Goitacazes), reuniu as mais belas poesias para crianças, visando dar a sua contribuição à petizada sedenta de leitura. Uma obra de enorme envergadura, pois que é dividida em idade e um índice por assunto: O lar e a escola, As plantas e os animais, As festas e as tradições, Os tipos e as paisagens, Os contos e as lendas, e, na conclusão, A pátria e a bandeira.

Para justificar tal edição, Miranda Santos abre a obra com uma bela e significativa introdução que diz, entre outros:

“A criança é um ser essencialmente afetivo. A emoção está na base de todas as manifestações da conduta infantil. Daí o interesse da criança pelos gêneros literários que suscitem suas reações emocionais, fazendo vibrar sua afetividade e exaltar sua imaginação. É o caso das histórias maravilhosas, dos contos de aventura, das fábulas e das poesias. Sem dúvida, as crianças só reagem emocionalmente diante das histórias e poesias acessíveis à sua compreensão. Mas o fato é que a alma infantil é mais sensível à linguagem do verso do que à da prosa”.

Tal antologia nos remete à nossa já tão distante infância, nos corredores e nas salas de aulas dos chamados “Grupos Escolares”. Tempos de aprendizado, tempos de brilho, disciplina e de respeito aos mais velhos. Hoje, tempos difíceis de trato ante à modernidade e os novos costumes.

É uma pena, muita pena, que não se façam mais livros assim, recheados de coisas infantis, sem a pegajosa invenção de que tudo se discute e tudo se opõe, como na velha máxima de que “se há alguma coisa, eu sou contra”. Recompor tudo isso, como a preparação do caráter e da cultura dos pequenos, se fazem necessidades prementes. Com isso, certamente, o espaço para os transloucados será do tamanho de uma agulha no palheiro. E os absurdos de nossos dias, teriam um fim… um grande fim.

Que os nossos dirigentes da educação se conscientizem em oferecer à criança uma lição de bravura, de acolhimento, de aprimoramento do saber, de respeito às nossas instituições e, acima de tudo, de companheirismo e de amizade para com o seu colega de escola, assim como o respeito sempre presente e a todo instante, aos mestres hoje tão aviltados.

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