Nadir Assalin, rafardense, novo secretário de Educação de Capivari, fala com exclusividade ao Jornal O Semanário sobre a sua nova experiência à frente dessa secretaria, que dentre as outras, acumula a responsabilidade de desenvolver e propiciar aos jovens e crianças do município uma vida de melhores oportunidades, ampliando assim a visão delas sobre um futuro de conquistas.
Tendo concluído sua formação escolar em Capivari, primeiramente o ensino fundamental na escola Augusto Castanho, e depois o ensino médio no Padre Fabiano, Nadir fez o antigo curso normal de formação de professores, que na época valia como o magistério. Logo após, foi para Campinas onde cursou Educação física, e ingressou na rede municipal de educação de São Paulo, onde durante 3 anos estudava e trabalhava como professor, viajando todos os dias de Campinas para São Paulo.
Há mais de 40 anos trabalhando no setor da Educação, e já tendo passado pelas escolas de Rafard e Capivari, Nadir carrega a experiência de ter atuado tanto no setor público como no serviço particular. Confira a entrevista:
Jornal O Semanário – Há quanto tempo possui um envolvimento com a política ou mais precisamente no cargo que ocupa?
Nadir Assalin – Fui convidado para assumir esse cargo, não possuo envolvimento com a política, mas sempre a acompanhei, sou um cidadão politizado, mas nunca participei de nenhuma campanha, nunca fui candidato a nenhum cargo eletivo. Eu não participei das eleições diretamente, vamos dizer assim, óbvio que como cidadão a gente tem que saber ser interessado o tempo todo com tudo o que acontece. Fui também convidado várias vezes para ser candidato a vereador, e já tinha sido convidado antes para uma das secretarias no município, mas na época eu era diretor do Castanho e não tinha como me candidatar, a escola sempre foi o meu foco principal.
O Semanário – Como está sendo desenvolvido e implantado o planejamento educacional para o município?
Nadir – O planejamento para os quatro anos está em construção. Nós já implantamos algumas ações para que se possa executar o planejamento, mesmo ele não estando pronto. Estamos fazendo esse planejamento e vai estar sempre aqui conosco, para que o professor não se baste em apenas ter uma apostila nas mãos. O material didático Anglo é o melhor disponível no mercado, e foi implantado em Capivari há alguns anos, e a nossa intenção é continuar com ele, tanto é que para esse ano nós já renovamos o contrato. Então para 2013 será assim.
O Semanário – Quais as dificuldades enfrentadas pelo município para oferecer à população um serviço educacional de qualidade e que também envolva a família?
Nadir – O aluno tem que ser sempre o centro da atenção do nosso trabalho, vai ser sempre assim, e é assim que eu vejo a necessidade de todos que trabalham nas escolas, não só nas municipais. O profissional da educação tem que ter a consciência que ele convive com o que as famílias têm de mais precioso, seus filhos. O tema escolhido para a palestra inicial do sistema anglo para 2013 é “Afetividade”, esse calor humano que tem que existir na relação entre professor e aluno, este olhar nos olhos dos alunos, este chamar o aluno pelo nome e não tratar o aluno como um número, como qualquer outra coisa.
O Semanário – Capivari é conhecida como a “Terra dos Poetas”, haverá uma parceria entre a Educação e a Cultura para que seja implantado nas escolas um ensino diferenciado?
Nadir – Sobre a parceria com a secretaria da cultura eu tenho a dizer que não só com ela, mas uma parceria com todas as outras, como esporte, cultura e segurança pública. Essas são as mais amarradas, então é claro que haverá parcerias.
O Semanário – Você irá continuar o trabalho da administração anterior para implantar a tecnologia em sala de aula e capacitar os professores?
Nadir – É inegável que o avanço tecnológico tenha um papel primordial para melhorar a atualidade do trabalho desenvolvido em sala de aula, isso não se discute. Temos que ter cuidado, porque o professor tem que estar bem preparado para usar a tecnologia a favor do ensino. Não podemos colocar uma lousa digital lá e na hora de usar, na hora da expectativa do aluno, o professor dar aquela velha desculpa de que não funciona ou não está habilitado para usá-la. Estamos cansados de ouvir que o sistema é complicado.
Vamos dizer assim, para chegar ao aluno a “era digital” em todas as salas de aula, antes temos que ter o básico, esbanjando qualidade, e se eu colocar alguma lousa digital, aposto que daqui seis meses ela vai estar jogada no porão da escola, sem que ninguém saiba usá-la.
O Semanário – Se tratando do geral, em relação às questões como alimentação, esportes, materiais e transportes escolares, quais são as políticas da Prefeitura para atender essas necessidades complementares do processo educacional?
Nadir – As políticas da Prefeitura para atender a necessidade, por exemplo, do transporte escolar, com o sistema anglo de materiais, esses aspectos são de responsabilidade da secretaria da educação. Já com o Esporte existe uma secretaria e estaremos em regime de parceria, promovendo atividades dentro e fora da escola, atividades esportivas e atividades culturais.
A intenção é melhorar o espaço físico, porém não depende apenas da secretaria da educação, para isso estamos fazendo um levantamento das prioridades, tem escola que a necessidade é sala de aula, em exemplo o que foi feito no bairro Castellani. O dinheiro público tem que ser tratado com muito cuidado, e cada centavo da educação será usado para melhorar as condições do aluno e do professor. Isso engloba melhorar merenda, transporte do aluno, condições físicas, e com isso tentar levar a paz para dentro da escola. Quando temos o professor satisfeito, você está com meio caminho andado para que a escola caminhe bem, quando temos o pai satisfeito, toda a pressão acaba baixando. Em uma situação de enfrentamento, fazemos apenas piorar o ensino, vejo essa situação sendo muito importante. Que haja paz nas escolas.