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Cafezinho na fazenda

Certa manhã, chovia bem mansinho
O cheiro de mato molhado fresquinho
Fui convidado por um amigo para conhecer sua propriedade
Planejada e construída com carinho
Duas cadeiras perto da janela para um papinho
Depois de um delicioso cafezinho
Olhando e apreciando aquele cenário de uma manhã tão bela
A chuva continua molhando as plantas
Faltam dois dias para a Semana Santa
Ali, do lado de fora,
Deveria ser um casal de pica-paus
As aves não se importavam com a água que caía
No tronco daquela árvore, suas bicadas eu ouvia
Cores lindas
Pareciam cheios de alegria
Os cavalos, eu avistei sendo bem-tratados
Agora, um homem sai caminhando, lentamente, montado
Não fiquei muito tempo ali
Eu escutava os estalos da lenha queimando no fogão de tijolos bem atrás de mim
São coisas que já ouvimos muito em modas de viola, poesias e contos
Mas, neste dia, eu estava vivendo e apreciando tudo ali
O lugar?
Onde?
Não foi imaginação!
Eu estava numa casa simples, sem barulhos de carros ou caminhão
Não se ouvia cachorros latindo, campainha e nem portão
Era um lugar gostoso
E não era no sertão
Também não era sonho, não
Tomei café daquele bule que estava quente no fogão
Tinha bolo, pão de queijo e uma prosa com um amigo muito bom
Um cenário lindo para compor uma canção ao som de uma viola ou violão
Que satisfação!

Toninho Junqueira

Toninho Junqueira é locutor há mais de 40 anos, escritor e restaurador de cadeiras antigas e imagens sacras. Desde 2021, conduz sua própria rádio, a São Gonçalo, com 24 horas de programação sertaneja raiz. Fale com o autor por telefone ou WhatsApp: (19) 99147-8069.

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